Prêmio Faz Diferença: ‘fizemos um grande esforço para que se gerasse uma única vida’, diz Dani Ejzenberg

Prêmio Faz Diferença: ‘fizemos um grande esforço para que se gerasse uma única vida’, diz Dani Ejzenberg

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Médicos do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), eles transplantaram o útero de uma doadora morta e conseguiram fazer com que a paciente que o recebeu tivesse um filho saudável

RIO — Os médicos Dani Ejzenberg, Wellington Andraus, Edmund Baracat e Luiz Carneiro, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, receberam na noite desta quarta-feira o Prêmio Faz Diferença na categoria Ciência com a pesquisa que resultou no nascimento do primeiro bebê saudável gestado em útero transplantado de uma doadora morta, no mundo. O trabalho foi reconhecido pela comunidade médica internacional ao ser publicado na revista Lancet.

— Quero agradecer aos leitores do GLOBO que acreditaram em nossa pesquisa — disse Ejzenberg ao receber o prêmio. — Numa época em que a vida parece ter um valor tão pequeno, nós fizemos um grande esforço para que se gerasse uma única vida. Isso pode trazer esperança para muitas mulheres.

Baracat não pôde comparecer à cerimônia na noite desta quarta-feria. O prêmio foi entregue aos seus colegas pelo colunista Bernardo Mello Franco e pelo chefe da sucursal do GLOBO em Brasília, Paulo Celso Pereira.

— O principal desafio foi a logística, manter uma equipe de prontidão por 24 horas, para que a receptora chegasse em tempo hábil para o transplante — afirmou Ejzemberg ao chegar para a cerimônia de premiação, realizada na Casa Firjan, em Botafogo.

— Temos mais duas pacientes preparadas, à espera de um útero compatível. Esta pesquisa traz esperança para muitas pessoas.


Médicos Wellington Andraus, Dani Ejzenberg ( de jaleco ) Luiz Carneiro e Edmund Baracat são os premiados na categoria ciência e saúde. Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo

O procedimento inédito, porém, foi apenas a primeira etapa de sua pesquisa. A equipe passou os sete meses seguintes realizando a fertilização in vitro dos óvulos da paciente, cultivando os embriões para, por fim, implantá-los na paciente.

Animados com o sucesso da operação, que consideram uma conquista científica para o Brasil, Ejzemberg e Andraus querem preparar novas pacientes para receberem úteros.

O Prêmio Faz Diferença, iniciativa do GLOBO em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), prestou homenagem aos brasileiros que se destacaram em 2018 em 17 categorias. Na 16ª edição do prêmio, a atriz Fernanda Montenegro foi consagrada como a Personalidade do Ano de 2018.

Fonte: O GLOBO

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