Infertilidade
Sindrome dos Ovários Policísticos
Presente em 5 a 15% das mulheres em idade reprodutiva. Pode envolver menstruações com intervalos longos (acima de 40 dias), aumento de peso, aumento de pelos e acne. A estimulação da ovulação,por vezes apenas com medicamentos orais pode resolver a questão da infertilidade.
Congelamento de óvulos
Utilizada para aquelas pacientes que pensam na possibilidade de filhos no futuro ou que irao passar por algum procedimento como quimioterapia, radioterapia ou cirurgia que podem prejudicar o número de óvulos (reserva ovariana). E um procedimento rápido (dura 10 a 14 dias) e com custo acessível.
Mini-Fiv
Pratica de fertilização no laboratorio (in vitro) em que se emprega menor quantidade de medicação para as pacientes que tem reserva ovariana reduzida ou que pretendem um menor gasto na fertilização in vitro. Empacientes com reserva ovariana normal pode levar a taxas de gestação um pouco menores que a estimulação convencional.
Casais homoafetivos
Casais homoafetivos masculinos e femininos tem a possibilidade de realizar diversos tratamentos para engravidar com a utilização de bancos de semen, ovodoação e a cessão temporária do utero.
Quando investigar?
O casal infértil é aquele em que a mulher com ciclos menstruais regulares (intervalo entre as menstruações inferior a 45 dias) não consegue engravidar no período de um ano tendo de 2 a 3 relações semanais. Um casal normal teria de 92% a 100% de chances de engravidar neste período. Para pacientes acima de 35 anos aguardamos até 6 meses antes de iniciar a investigação e para pacientes acima de 40 anos a investigação é imediata quando se tem a intenção de engravidar.
Causas
As causas da infertilidade podem ser de origem feminina, masculina ou de ambos (20% dos casos). Desta forma sempre é necessária a investigação do casal mesmo que um dos cônjuges tenha sabidamente alguma doença que limite a fertilidade ou que o parceiro já tenha filhos de outros relacionamentos. A origem da infertilidade pode ser relacionada a problemas na ovulação, dificuldade para o encontro do óvulo com o espermatozóide nas tubas uterinas (trompas), obstáculos para fixação do embrião no útero (pólipos, miomas, aderências, malformações) e alterações com o espermatozóide (número, movimentação e formato).
Utilizamos modernas formas de avaliar os embrioes para as pacientes com idade mais avançada, que tem varios abortamentos sem causa determinada, multiplos tratamentos sem sucesso ou historia familiar de doença genetica. Estas análises permitem a transferencia de um unico embriao reduzindo o risco de uma gestação de gêmeos.
Forma de cultivo dos embriões em estufa especial em que eles podem ser acompanhados sem a necessidade de remoção da incubadora. Isto permite melhor avaliação do seu desenvolvimento e maior estabilidade das condições do cultivo por nao ser preciso retira-los da incubadora para serem examinados.
Realização de 2 estimulações da ovulação no mesmo ciclo menstrual. Voltada para pacientes com reserva ovariana reduzida ( baixo numero de ovulos) ou que precisam iniciar tratamento que pode reduzir o numero de óvulos como cirurgia, quimio ou radioterapia.
Esta terapia da medicina tradicional chinesa pode ser usada em conjunto com as técnicas de reprodução assistida para aumentar a sensação de bem estar e reduzir a ansiedade dos casais. Nao esta comprovada uma maior taxa de gestação pelo uso da acupuntura.
Muitos casais e pacientes que desejam ter filhos podem experimentar ansiedade e depressão durante o tratamento. Por isso temos a disposição quando necessário acompanhamento psicologico desde o tratamento até o parto.
O diagnóstico da infertilidade é realizado através da história do casal (tempo de infertilidade, hábitos, antecedentes, relacionamentos anteriores, cirurgias, entre outros), exames de imagem, espermograma, dosagens hormonais e sorologias. A quantidade e os tipos de exame devem ser adequados a cada caso. A somatória dos exames, da historia clínica e da expectativa de cada casal irá determinar o melhor plano de tratamento.
Tratamento para pacientes que apresentem infertilidade causada apenas por uma dificuldade para ovulação (sugerido por intervalo longo entre as menstruações). A síndrome dos ovários policísticos é sua causa mais comum. A estimulação pode ocorrer através de medicação por via oral ou injetável (intramuscular ou subcutânea). Sempre deve ser realizado acompanhamento com ultra-som simultâneo à medicação para se acertar a dose mais apropriada a cada paciente e evitar uma hiperestimulação. Quando os óvulos atingem o tamanho recomendado é orientado o melhor período para se ter relações visando à gestação.
Este tratamento envolve estimulação ovariana com quantidades reduzidas de hormônio visando a produção de 1 a 2 óvulos. Quando os óvulos atingem a maturidade é colocado o sêmen processado em laboratório diretamente dentro do útero encurtando seu caminho natural até o óvulo. A fecundação deve ocorrer nas trompas (ou tubas) uterinas. É indicada para casais que tenham como causa de infertilidade uma dificuldade para ovulação (sugerido por intervalo longo entre as menstruações), e/ou alteração do sêmen leve a moderada. Dura aproximadamente duas semanas.
Tratamento que envolve a fecundação no laboratório. A FIV, abreviação de fertilização in vitro, pode envolver a fecundação espontânea do óvulo pelo espermatozóide (FIV clássica), ou pode ocorrer a injeção do espermatozóide dentro do óvulo, a chamada ICSI. O tempo de tratamento para um ciclo de FIV/ICSI pode variar de 2 a 4 semanas de acordo com o protocolo escolhido. Consiste em estimulação da ovulação, aspiração dos óvulos, fecundação e transferência dos embriões. É indicada para casais que não tiveram sucesso na inseminação, para casos de doenças nas tubas uterinas (trompas) ou para casos de alteração importante no espermograma. Permite a detecção de determinadas doenças genéticas antes da transferência de embriões.
A incidência crescente dos casos de câncer em população em idade reprodutiva (4% dos casos dos EUA) ou na infância e a melhora nas taxas de cura e sobrevida livre de doença têm elevado a busca por técnicas de preservação da fertilidade. Já temos à disposição na prática clínica o congelamento de espermatozóides, de embriões e de óvulos com diversos relatos de gestação posterior. Porém o congelamento de tecido ovariano ainda se encontra em fase experimental.
Para pacientes que não dispõe mais de óvulos devido à idade, para aquelas em que a chance de gestação com óvulo próprio é muito restrita ou mesmo para aquelas que já tentaram muitos tratamentos com óvulo próprio sem sucesso existe a possibilidade da doação de óvulos. Esta pode ser de familiar até 3 grau ou de doadora anônima (tanto de quem doa quanto para quem recebe). A doadora idealmente deve ter características compatíveis com a receptora.
Indicado para casos em que a paciente não possui o útero, que este apresente alguma alteração que seja incompatível com a gravidez ou que a paciente tenha alguma doença grave que seja incompatível com a gestação. O útero de substituição pode ser de parente próxima ou de amiga da(o) paciente/casal que tenha condições de ter uma gestação sem riscos para ela e para a criança e que ja tenha ao menos 1 filho vivo.
Constituem uma alternativa para casais em que o marido não tenha espermatozóides, em casos de repetidos insucessos em FIV/ICSI em que a causa da infertilidade é masculina ou para mulheres que desejam engravidar e não possuem um relacionamento estável. É possível selecionar entre diversos doadores anônimos, características como tipo sanguíneo, tipo físico, hobbies e profissão para maior compatibilidade com o casal.